XXI Congresso Internacional de Expressão Gráfica Arquitetónica
Universitat Politècnica de Catalunya

Linhas temáticas

[I] …PERANTE O ENSINO E A APRENDIZAGEM

A expressão gráfica arquitetónica tem uma longa tradição não só como parte do desenvolvimento do projeto de arquitetura, mas também como método de aprendizagem da prática da arquitetura.

A tradição docente é uma parte fundamental da área e as inovações docentes, que se munem dos meios disponíveis, não têm por que virar as costas àquela. Devemos saber trabalhar com as novas e as velhas técnicas, mas sobretudo com os novos estudantes.

Reflexão sobre as metodologias pedagógicas, as abordagens didáticas e as ferramentas de ensino utilizadas para desenvolver competências de representação gráfica.
O que muda quando as técnicas digitais substituem os manuais?

Rendimento académico e usabilidade das ferramentas.

Processos de aprendizagem (Aprender fazendo, desafios, estratégias de design…)

Integração de novas tecnologias nos processos de aprendizagem da representação arquitetónica.

[II] …COM INFORMAÇÃO E DADOS:

DIAGRAMAS, GRÁFICOS DE DADOS, BIG DATA, GIS, BIM, LISTAS…

A evolução tecnológica forneceu-nos novos recursos para o desenvolvimento da expressão gráfica e provocou impulsos, não isentos de discussões sobre a conveniência ou não da sua incorporação no trabalho gráfico. O design computacional e os motores de cálculo de inteligência artificial generativa apontam para outra revolução que devemos encarar, assumir e assimilar.

Além disso, graças ao manuseamento dessa tecnologia, aprendemos a desenhar o que calculamos, a graficar de maneira inteligível e inteligente os resultados de simulações, de medições, de dados que seria impossível manusear sem a computação. O mais significativo é que a nossa habilidade demonstrada em saber explicar coisas com desenhos contribuiu para o mundo da informação com a capacidade de tornar inteligíveis os dados massivos. Converter uma informação inabarcável em algo compreensível passa por desenhar.

Uso da informação para o design. Contributos sobre a criação, a análise e a visualização de dados.

Discussões sobre o uso de representações gráficas para visualizar dados complexos relacionados com o contexto urbano, indicadores sociais, o desempenho ambiental, a eficiência energética e outros aspetos da arquitetura sustentável e resiliente.
Uso de dados para o design: Design paramétrico, generativo, algorítmico e evolutivo.

Modelação da Informação da Construção (BIM)

Sistemas de Informação Geográfica (SIGs)

Robótica e fabrico digital?

O que nos traz a IA?

[III] … DE DESENHOS, GEOMETRIAS E TRAÇOS

PROCESSO CRIATIVO DA FORMA ARQUITETÓNICA

A arquitetura ergue-se sobre os alicerces da experiência anterior. Os desenhos de arquitetura são as referências sobre as quais se constrói o artefacto da nossa teoria. Olhar, analisar, copiar os desenhos que outros arquitetos fizeram antes de nós dá-nos material com o qual dar forma a um possível corpus disciplinar ao qual nos agarrarmos.

Aprendemos com desenhos exemplares feitos por arquitetos que resolveram problemas semelhantes aos nossos, com outras ferramentas, para outro público, mas que contêm as chaves com as quais abrir novos olhares e novas práticas do desenho de arquitetura.

Por sua vez, o arcabouço da geometria, como arcabouço da forma arquitetónica, está constantemente a sofrer impulsos que a deslocam do centro para os lados, embora recupere o seu protagonismo, nem sempre bem entendido, mas sempre fundamental. A aceleração da evolução digital abriu um novo campo de incerteza sobre o grau de controlo que temos da geometria construtiva, ou seja, da forma arquitetónica. A capacidade de cálculo atual com meios digitais pode libertar-nos de processos de traçado tediosos, mas pode pôr em risco esse controlo da forma.

Exploração das diversas técnicas e meios utilizados para representar projetos arquitetónicos, desde a antiguidade à era digital, incluindo o desenho à mão alçada, a modelação 3D, renderização, animação, realidade virtual, IA, etc.

A expressão gráfica na geração de ideias, bem como a sua relação com outras etapas do processo de trabalho.

A geometria arquitetónica como estrutura formal da arquitetura, para projetar ou para solucionar problemas.

Esboços, notas, urban sketching…

Estilos e técnicas tradicionais de representação.

Outras técnicas de representação e de expressão (analógicas e digitais)

Identificação do sistema de representação com a arquitetura que representa.


Formas geométricas ou figuras gráficas que se constroem…

[IV] …A PARTIR DO EXISTENTE

DESENHAR A REALIDADE, LEVANTAMENTO, SIMULAÇÃO, ANÁLISE GRÁFICA, CONSERVAÇÃO

Os levantamentos do património arquitetónico, o reconhecimento da realidade construída, a análise sintética das ideias fundamentais da arquitetura através do desenho, a reprodução virtual dos objetos e dos espaços para avaliar os seus parâmetros desenvolveram-se na nossa área com grandes avanços para um conhecimento partilhado.

Um conhecimento que pôde ser aplicado noutras áreas de conhecimento, desde a arqueologia, o turismo ou a avaliação ambiental. O estado de conservação do património construído, inclusive do património natural, também foi incorporado nos registos gráficos do levantamento de uma realidade que inclui a edificação e o espaço aberto.

Apresentação de comunicações que utilizem técnicas de expressão gráfica para documentar, preservar e reconstruir o património arquitetónico, bem como para explorar novas formas de experimentar e compreender a história e a cultura.

Estudos históricos de edifícios.

Reconstrução digital

Levantamento de informação do objeto arquitetónico, paisagístico, …

Métodos automáticos de captura/reconstrução (fotogrametria, TLS, …)

[V] … RUMO À SOCIEDADE

COMUNICAÇÃO, CONTEXTO SOCIAL E NATURAL

A arquitetura sempre respondeu aos desafios sociais de cada momento, ecoando as preocupações do contexto em que se produz, recolhendo modos de ver o mundo ou dando respostas às exigências coletivas ou particulares. A preocupação ecossocial sempre fez parte do exercício profissional. A investigação e o trabalho do arquiteto estudaram como dar respostas adequadas a esses desafios e ofereceram propostas inovadoras, sugestivas, por vezes não isentas de polémica, aplaudidas e criticadas, mas sempre úteis para avançar.

A relação da profissão com a sociedade também teve um amplo campo de trabalho na difusão e divulgação da arquitetura e do urbanismo em todas as suas facetas. A edição de livros de divulgação ou de ensaios especializados provocaram mais avanços na nossa disciplina do que toda a literatura contida em artigos.

Explicar temas complexos não tem de estar em conflito com a qualidade da comunicação e, além disso, deve adaptar-se às condições mutáveis da sociedade sob a forma de exposições, publicações na imprensa, programas multimédia ou em meios de comunicação social e, claro, nas redes sociais. Cada meio obriga a uma adaptação.

Comunicações que incorporem contributos para uma arquitetura atenta ao contexto, económico e social e comunicações que reflitam sobre a difusão do conhecimento à sociedade no seu sentido mais amplo.

Contributos sob a forma de transferência de tecnologia ou de conhecimento para o setor da edificação ou outros setores colaterais como a saúde, a inclusão, a integração social, discriminação de género, etc.

Para além do sentido da visão, comunicar para a diversidade funcional. Estratégias de Inclusão social. Representações multissensoriais.

Estudos desenvolvidos com métodos participativos de agentes sociais diversos e que incorporam a expressão gráfica nas suas metodologias de trabalho.

Redes sociais, os novos meios e interlocutores como nova forma de desenhar e de explicar. ….

Análise de como a EG é utilizada para comunicar conceitos, ideias e narrativas no processo de design arquitetónico, desde esboços iniciais até apresentações finais.

Narrativa visual. Comunicação, conceitos, ideias.

Multimédia: animações, vídeo, gráficos, esquemas, Representação audiovisual da arquitetura


Exposição de trabalhos que explorem novas formas de expressão gráfica na arquitetura, desafiando convenções estilísticas e experimentando com a forma, a cor, a textura e outros elementos formais

Comité Organizador EGA26

Período de inscrição não aberto